A cidade de Betim ganhou, na semana passada, a devida referência de município mineiro. É que, a partir do dia 18 de maio, a cidade passou a contar com símbolos adequados às normas heráldicas e em conformidade com suas insígnias e o que a caracteriza, a partir de agora, como município.

As adaptações ao brasão e à bandeira foram sancionadas pelo prefeito Carlaile Pedrosa e publicadas no Órgão Oficial do Município na semana passada, depois de aprovados pelo Poder Legislativo em sessão ordinária, em 17 de maio.

De acordo com a secretária municipal de Comunicação, Daniele Marzano, os antigos símbolos do município são oriundos de concurso público realizado em 1987. “Naquele ano, os conceitos de heráldica ciência que estuda e elabora símbolos e congêneres não eram tão difundidos e isso fez com que os projetos apresentassem falhas técnicas. Por exemplo, a formatação do antigo brasão não indica que Betim é um município. Agora, na atual configuração, isso está bem especificado”.

Erros

Conforme o estudioso Wagner Costa, as medidas adequadas para um brasão são 7 por 8, que formariam uma figura parecida com a de um quadrado. O símbolo de Betim não seguia esses parâmetros. Além disso, Costa explicou que, segundo a heráldica, não se deve misturar metais (ouro e prata), nem esmaltes. De acordo com o especialista, a cruz em branco, que representava o prata, vista de longe, misturava-se ao amarelo, que representava o ouro. A cruz, para ele, deveria estar em esmalte. Outro erro encontrado foi a forma como o nome da cidade estava disposto no listel (faixa). Em vez de misturar-se às datas do recebimento da carta de sesmaria (esquerda) e do ano de emancipação política (direita), ele deveria estar sobreposto às mesmas.

A falha mais grave, no entanto, segundo o estudioso, diz respeito à ausência de coroa. De acordo com Wagner Costa, são as torres mostradas na mesma que qualificam um local como cidade (cinco torres), aldeia (quatro torres) ou vila (três torres).

Modificações

As adaptações foram realizadas na proporção do escudo do brasão e nas cores, além da aplicação da coroa de cinco torres.

Primeiramente, deu-se ao escudo dimensões que atenderam a disposição de peças e figuras, e também à regularidade de partições e subpartições.

Já a aplicação e disposição de cores no escudo buscaram fazer as seguintes referências:

Amarelo – sabedoria, amor, fé, constância e virtude cristã
Branco – pureza, inocência, verdade, esperança e felicidade
Azul – justiça, lealdade, beleza, nobreza, fidelidade e boa reputação
Verde- esperança, civilidade, amor, honra, domínio, amizade, obediência e natureza
Vermelho – valentia, magnanimidade, ousadia, vitória, prosperidade e generosidade
Preto – prudência e constância na tristeza e na adversidade

Legislação

Conforme a Lei nº 5168, de 14 de julho de 2011, é obrigatório o uso do brasão municipal em peças publicitárias, placas identificatórias, automóveis, impressos e demais formas de publicidade na cidade de Betim governamental como única maneira de caracterizar e identificar a administração direta ou indireta, bem como as ações desenvolvidas pela mesma.

A lei proibiu ainda o uso de marcas exclusivas feitas para caracterizar determinada gestão nos âmbitos dos Poderes Executivo e Legislativo.

Fonte: Prefeitura Municipal de Betim